Psicóloga gaúcha Ilda Nocchi alerta sobre a importância de discutir a temática que cresceu na pandemia e exige atendimento psicológico
A realidade que estamos vivendo, somadas as novas formas de trabalho e ansiedades, implicaram, igualmente, em mudanças significativas no comportamento das relações pessoais e interpessoais dos indivíduos. Esse contexto, serviu para revelar, com maior intensidade, as relações tóxicas. Tema que exige um amplo e cuidadoso debate e, sobretudo, assistência psicológica especializada. Mas afinal, o que é uma relação tóxica? Como identificá-la e quais os tratamentos? “São questionamentos que precisam de esclarecimentos da nossa sociedade. Vale destacar que, cada caso, é tratado de forma diferente. No entanto, algumas características se tornam similares nas relações tóxicas. Pode ser resumido pelo desejo de controlar o parceiro(a) e de tê-lo apenas para si. Esse comportamento surge aos poucos, sutilmente, e vai passando dos limites, causando sofrimento e dor”, explica a psicóloga gaúcha, Ilda Nocchi.
Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, Ilda possui ampla experiência de atuação nas áreas social, comportamental e humano. A profissional, tem observado, nos últimos meses, um crescimento gradual nos seus atendimentos no Brasil e exterior, por pessoas que estão em crise ou estão passando por momentos difíceis, afastados de seus familiares. De acordo com ela, cresceu o número de pacientes que relatam um contexto que envolve relações tóxicas. “O agressor(a) após, o fato ocorrido, pede desculpas, dizendo que isso, não irá mais ocorrer. Entre as características mais comuns das relações tóxicas estão os ciúmes exacerbado, a desconfiança, possessividade, o controle exagerado sobre uma pessoa, agressões verbais, entre outros”, explica Ilda.
Ainda de acordo com a profissional da psicologia, agir com superioridade, com desrespeito e diminuindo a pessoa – tanto em âmbito profissional, quanto pessoal – pode acabar causando sintomas na vítima, entre eles o isolamento social, vergonha de amigos, de familiares, além de sensações como humilhação e desprezo, que podem provocar graves mudanças de humor. “Todas estas situações, acabam por afetar a saúde mental e emocional do outro”, adianta Ilda.
Cruzando Fronteiras
Com pacientes no Brasil e no exterior, Ilda Nocchi absorve esta demanda de trabalho, para além do fuso horário. Buscando atender e identificar como e quando as relações tóxicas acontecem, junto às vítimas. ‘Vale destacar aqui que medo, ansiedade, angustia, insônia e estresse, são alguns dos problemas de ordem primária, que têm sido recorrente na pandemia, causados pelo isolamento social. Denominamos primários, porque, efetivamente, existem indivíduos, com maior vulnerabilidade e uma resistência mais baixa ao aumento da pressão e ao esgotamento. O que observamos é que pode acontecer, em determinado ponto, uma mistura de sensações. Portanto é preciso ter muito zelo ao tratar dessa questão e ajudar a identificar tudo separadamente”, explica Ilda.
No contexto das relações tóxicas, a profissional de saúde destaca ainda que a parte mais difícil é a aceitar a necessidade de se denunciar o abusivo(a) e tomar medidas legais, quando necessário for. “Esse contexto exige muita ajuda psicológica, atendimento e apoio especializado. Sempre com a condução de um profissional capacitado, que tenha sensibilidade e experiência no assunto. E que possa, de forma bastante responsável, apresentar e fornecer todos os vieses e a orientação necessária, especialmente, em casos mais graves”, diz Ilda.
De acordo com Ilda Nocchi, este processo muitas vezes pode estar relacionado a problemas que, aparentemente, parecem serem comuns na vida das pessoas. Mas, no entanto, trazem como pano de fundo, graves problemas que afetam o dia a dia das relações familiares, entre casais, pais e filhos e outros. “Muitas vezes as pessoas começam vivendo um ‘conto de fadas’ num perfeito relacionamento amoroso, que aos poucos vira um grande pesadelo. Em alguns casos, a situação é tamanha, que a relação se torna crime. E nestes casos, todo o processo de tratamento e demais conduções é diferente”, esclarece a profissional.
Tratamento Humanizado
Entre os tratamentos, Ilda Nocchi destaca que a área psicológica possui inúmeras ferramentas para contornar os casos. Sua linha de atuação vem conquistando pacientes, além do Brasil. Atendendo pacientes na Áustria, Portugal e Espanha. Sua metodologia autoral, combina interpretações e modelos da escuta empática, sem julgamentos e humanizada. “Quando estamos com nossa presença inteira em nossos atendimentos, conseguimos escutar com o coração. E com certeza, atuaremos na forma especial e flexível. Acredito muito nos atendimentos clínicos mais humanizado”, finaliza Ilda Nocchi.
Sobre Ilda Nocchi
Formada em Psicologia, Psicoterapeuta clínica, é membro da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), é especialista em Família e Infância pela UFRGS, Especialista em Clínica Sistêmica. Sócia Fundadora da AJAM – Associação de Justiça e Apoio a Mulher Vítima de Violência. Possui vasta experiência em relações de famílias, violência doméstica, relações tóxicas e abusivas. Mentoria a pais e educadores, trabalhando a relação da criança interna do adulto, em sua relação com as crianças. Tem Formação como Coordenação de Grupos pelo Instituto Pichon Riviere. Tem formação em círculos de Construção de Paz pela AJURIS (Escola mais Paz). Experiências e vivências com Mindfulness e estudos em (CNV) Comunicação não Violenta. Também atua como psicóloga social em município da região metropolitana, atuando no fortalecimento de vínculos familiares, e Violência contra a criança e adolescente. Mais em Facebook Ilda Nocchi e no Instagram @ildanocchi_pisco.