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Cuidado com idosos: especialista dá dicas de acolhimento afetivo e anímico 

Acolhimento de idosos, crédito Pixabay

 

Seja no momento mais agudo da crise ou na retomada gradual da vida “normal”, o acolhimento afetivo e anímico à população mais idosa é vital para a manutenção da saúde e do bem-estar das pessoas mais velhas. Segundo aponta a geriatra do Magno Três Figueiras São Pietro, Estefânia Mocelin, o cenário extraordinário vivido no RS no momento remete aos tempos de pandemia de Covid, quando as incertezas favorecem, por exemplo, episódios de ansiedade, solidão e desamparo.

 

“Dedicar tempo e atenção é a principal forma de acolhimento. O tempo que se dedica a alguém é de um valor essencial. É uma atitude simples mas bastante eficaz, que está ao alcance de todos”, resume. 

 

A especialista destaca 3 ações simples que podem fazer a diferença no acolhimento de idosos nos tempos atuais. As instruções são diretamente ligadas à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o envelhecimento ativo da população, que toma por base quatro pilares: saúde (bem-estar biopsicossocial), participação (social – cidadania – cultural, espiritual), segurança/proteção e aprendizagem ao longo da vida (aprendizado formal ou informal).

 

  1. Escuta ativa: “Ouvir, mesmo que as histórias se repitam ou não tenham nexo, é uma forma efetiva de conceder amparo fazendo com que o idoso perceba que se importam com ele, tanto na esfera física quanto mental”.

 

  1. Senso cognitivo: “O engajamento em jogos, leitura de jornais, revistas ou meios digitais até atividades de canto ou dança são exemplos de ações que estimulam amemória e o raciocínio”.

 

  1. Socialização: “O idoso, como qualquer outro indivíduo, necessita de validação e sentimento de pertencimento social. Assim, interagir com as demais pessoas de seus círculos – seja ele familiar, em um abrigo ou similar – fortalece o seu vínculo com a realidade que, neste momento, impacta a todos de uma forma ou de outra”.

 

O Rio Grande do Sul tem grande representatividade neste contexto. Os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que esse é o estado com maior percentual de idosos no País. São 2.193.416 pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 20,15% da população.